quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Correctopolitiquismo

O porco fascista ia a caminho de desfrutar do seu previlégio de ter um emprego, poluindo o ambiente com o veículo automóvel que muitos gostariam de também poder comprar. Quando ocupou o espaço que é livre e de todos, junto a um passeio, apenas porque a burocracia da sociedade burguesa lhe conferiu esse direito descriminatório através da corrupção por uma pequena contribuição financeira eufemisticamente chamada de Imposto de Circulação de Veículos, eis que surge um pobre e explorado engenheiro de parqueamento automóvel formado pela escola da vida e que o ajuda a orientar o seu veículo, nada mais pedindo em troca que uma pequena esmola que mantenha controlados os seus indomáveis impulsos destruidores dos quais ele não tem culpa como traumas provocados pela exclusão social. Após o insultar com uma reles peça de metal, o porco fascista segue, injustamente livre, em direcção a esse antro de capitalismo selvagem que é a empresa onde trabalha, despido de qualquer culpabilidade pelas trabalhadoras do sexo que suam eplo ganha-pão das suas famílias, elas também vítimas traumatizadaa pela sociedade burguesa e descriminatória.Quando vai a chegar à porta do emprego, um inocente feirante cruza-se por ele e tenta disputar o espaço de passagem que é livre e de todos, obrigando o porco fascista a cair ao chão para assim defender o seu direito a também ele utilizar o mesmo largo passeio público. O porco fascista, em vez de agradecer o poder respirar o mesmo ar do feirante, exige-lhe com uma educação hipócrita que o feirante lhe peça desculpas, ofendendo assima educação cultural que o feirante recebeu nos seus acampamentos tribais em contacto com a natureza. O feirante não tem outra opção, a isso obrigado pela ofensa do porco fascista, senão limpar a honra da sua tribo com duas ou três pequenas lições de respeito e educação na ponta duma inofensiva Beretta de 9 mm que a sociedade fascista, receosa da liberdade do feirante, teima em considerar ilegal.Entretanto, um agente da autoridade fascista, em vez de ignorar o ligeiro petardo da arma, decide aplicar a sua selvajaria racista e xenofóbica sobre o pobre feirante, talvez para satisfazer algum trauma de infância ou alguma frustração que trouxesse de casa. O feirante, inocentemente, tenta demonstrar ao agente fascista o quão inofensiva é a sua Beretta de 9 mm, expondo ali, de forma inocente, todas as balas da sua arma para que vejam o quão amistoso é. Mas o agente da autoridade, cego pelo sangue que lhe escorre das feridas, decide sacar da sua sangrenta Walther e, após umas reles duas dúzias de avisos demagógicos e hipócritas que o feirante decerto estaria já disposto a obedecer dentro de um ou dois meses, decide assassinar o feirante com um tiro de aviso para o ar.O feirante, e muito bem, corre para defender a sua preciosa vida dos ataques do porco fascista que se retorce no chão fingindo sentir dores nos orgãos levemente atingidos pelas inofensivas balas dos feirantes, e do agente da autoridade fascista que não desiste em querer vê-lo morto, perseguindo-o cambaleante e depois caindo no chão imóvel para assim justificar perante o seu chefe hierárquico o facto de não ter cumprido a sua reles obrigação de opressor.No dia seguinte, alguém organiza dois funerais, supostamente para duas pessoas que dizem que seriam um suposto cidadão e um polícia assassinados, sabe-se lá por quem mas como sempre deitaram a culpa aos pobres feirantes que têm as costas largas. O facto é que percorreram todos os acampamentos de feirantes e nenhum reconheceu o crime, e para todos havia alibis o que prova que os feirantes são pessoas honestas. Após rezas e lágrimas hipócritas, os corpos foram a enterrar. Mas nessa mesma noite, jovens revolucionários entraram no cemitério e pintaram frases de protesto nas campas quentes. Só a suposta "morte" do agente da autoridade o poupou a uma prisão merecida!

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