E diziam que o homem era um assassino megalómano. NAH!, ele era um visionário!
Metia os malucos num barracão, ligava um motor a produzir monóxido de carbono para o interior do dito, e depois era adubar os campos com os maluquinhos.
Os nossos Engenhistas mal conseguem imitá-lo na sua grandeza. Criaram uma lei para ajudar as pessoas que iriam precisar de ajuda, e todos os louvaram. Chamaram-lhe "Cuidados Continuados", e muitas esperanças foram sonhadas por tal nome.
Primeiro, esvaziaram os hospitais para reduzir a ocupação das vagas (assim melhorando o rendimento estatístico dos hospitais pseudo-públicos) na ausência de colaboração das insensíveis famílias que se recusavam a montar mini-clínicas nos seus tugúrios e ilhas (Crápulas! Quando toda a gente sabe que só milionários vivem em ilhas!), e consequentemente auxiliaram as misericordiosas Misericórdias a equilibrar as suas Finanças perturbadas pelo decréscimo de investimentos no Totoloto.
Mas ao fazê-lo separaram os doentes mentais (que necessitam de cuidados continuados durante pelo menos... oh! o resto da vida!) dos restantes utentes (que apenas precisam de 2-3 mesitos a marinar nas instalações pristinas e misericordiosas antes de serem despejados na rua no último dia, de saco de urina na mão).
E, enquanto se aguarda a legislação que permita a resolução dos problemas dos doentes mentais e se resolva a justa e equitativa distribuição de riqueza Estatal pelas futuras sociedades que irão gerir esses modernos barracões nazis, com a eficiente gestão da dita cuja riqueza, aguarda-se que os maluquinhos mostrem a sua fibra e patriotismo aguardando pacientemente debaixo da ponte, sonhado com os tempos em que eram recebidos em laeres e pensões suportadas pela Segurança Social.
Meus senhores, são tempos idos: apoios da Segurança Social não são para se desperdiçar em maluquinhos. Se eu pago 300 contos de impostos por mês, é para gastar a apoiar, pelo menos, traficantes de droga e pedófilos!