Amigos meus pediram-me que esclarecesse o elitismo hebdomadário de certo comentador político de antanho (tempos de outra senhora, quando o PS era Socialista...).
Relembro comentários anteriores sobre opiniões de elitismo emitidas a sextas-feiras e a domingos. Remonta o facto ao tempos em que o "Cenouras" se candidatava a Presidente da Câmara de Lisboa acompanhado de uma procissão de artistas e intelectuais, na altura ainda não reformados. Eram os tempos em que o "Cenoura" não ia botar faladura em Inglês para a ONU para depois regressar a Portugal e inventar o "Portugal elástico" (que esticava para muito grande quando se tratava de investir em Lisboa, mas depois encolhia para pequenino quando se tratava de desenvolver a Província).
E o dito comentador acorreu numa sexta-feira a um noticiário nacional, de tochas e cruz ardente, vestido de Charlton Heston vestido de Moisés (e barba a condizer) e, rojando-se aos pés da Nação, vociferou contra as elites cenourinhas, alertando as almas para a perdição infernal em que penariam para toda a Eternidade se, quais cordeiros sacrificiais, cometessem o pecado de votarem no "Cenoura", parágona e epítome (sobretudo epítome) dessas malfadadas elites, raíz de todos os males e doenças pustulentas, a erradicar num futuro mais ou menos próximo ou, caso tal não fosse possível, pelo menos no dia das eleições.
Que dizer do domingo imediatamente seguinte quando, vestido em alvas vestes e amparado por coros de anjos, o dito cujo moderador das barbas (que se esqueceu de tingir de branco para condizer com a cor do sexo dos anjos do coro) veio exaltar a maravilha das elites, a necessidade de todos nós corrermos mundo a colher ramalhetes de elites cujo odor, por si só, nos elevaria ao sétimo céu... porque pretendia defender o aumento do salário do deputados da Assembleia da República, aos quais por acaso pertencia...
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