quarta-feira, 30 de abril de 2008

Contas mal feitas

É uma estupidez a insistência de algumas franjas mal-esclarecidas da nossa sociedade, que pretendem que a Segurança Social ande por aí a tapar buracos na vida de muita gente, que nada mais fez que trabalhar sem cuidarem do seu futuro (limitavam-se a descontar para a reforma quando sabemos, hoje, que não vai haver reformas para ninguém). Porque haveriam de contar com reformas de 300 euros quando há coisas mais importantes onde gastar o dinheiro, como gastar aos 500 e 600 euros a pagar pensões a toxicodependentes que nunca puderam fazer nada na vida, coitados dos bichinhos.
Por exemplo, uma pessoa demencia aos 62 anos e nunca mais irá ser capaz de nada na vida a não ser sujar fraldas de adulto. E, no estado actual das coisas, a Segurança Social recusar-se-á a pagar-lhe um lar quando um lar custa 1500 euros por mês e o dito cujo ainda poderá ter pelo menos mais 20 anos de vida. Isso dá 18000 euros num ano, 360000 euros na vida toda. 360000 euros são muitos impostos pagos pelos restantes Portugueses, para desperdiçar em 20 anos de qualidade de vida de uma só pessoa.
NAH!, 360000 euros são mais bem gastos em 15 meses de reforma de alguém que tenha passado três gloriosas semanas num Instituto de Gestão de Folhas de Papel Rabiscado e seja primo do tio do amante da cunhada do jardineiro do senhor ministro e, de preferência, encartado partidário. Nesse aspecto, partilho as opiniões de Pacheco Pereira sobre as elites, mas apenas as opiniões de Domingo, quando ele é a favor das elites, porque à Sexta-feira ele já é contra.
Absurdo, é alguém chamar a isto uma cleptocracia... tenham vergonha!

Sem comentários: